A REGIÃO DE lAFÕES
NATURAL
JUNTO AO RIO VOUGA
O consenso mais comum sobre o nome desta região, é que terá origem árabe, “Alafum”, que significa “dois irmãos”, devido aos dois montes que se destacam na paisagem, hoje chamados Castelo e Lafões.
Lafões está situado na Região Centro, entre o litoral e o interior, na parte mais ocidental da Beira Central. É uma sub-região natural, constituída pelas terras tributárias do curso médio do Vouga e dos seus afluentes Sul e Ribamá, que vindos de margens opostas, confluem junto de S. Pedro do Sul. Conta com um valioso património milenar, com importantes vestígios de épocas pré-histórica, Castreja, Romana e Medieval.
Possui esta região características próprias que a distinguem das terras vizinhas. O geógrafo Amorim Girão Leite de Vasconcelos considerava que ela constituía “um todo homogéneo, correspondendo a uma verdadeira região natural”. Também escreveu: “existe uma unidade territorial ou sub-região denominada Lafões”. Servindo-nos do estilo lapidar de Raul Proença, podemos afirmar que “Lafões é uma formosa região que se esconde entre o Maciço da Gralheira e o Caramulo, cortada pelo rasgão do Vouga”, que aproveitando fracturas naturais, ou furando rochas, lá vai a caminho da Beira-Mar.
Sem quebra da sua unidade geográfica, Lafões é uma região diversificada, a lembrar umas vezes o Douro, com culturas em socalco, outras vezes o verdejante Minho, não faltando até, nalguns lugares, a “vinha de enforcado”. De grande beleza natural, Lafões possui uma unidade geográfica e uma notável unidade histórica que lhe corresponde.